Como se tomam decisões capazes de mudar uma vida?
Que passos devem ser percorridos até termos confiança na decisão a optar?
Quantas balanças é preciso usar para medir bem os prós e os contras?


Qualquer decisão acaba por mudar a vida porque é uma escolha entre pelo menos dois caminhos. Se a escolha fosse diferente o encadeado de momentos da nossa vida seria forçosamente distinta. Podemos por exemplo escolher entre ficar quietos ou agir, e isso significa dar uma orientação diferente à nossa vida.

Mas a ideia da pergunta colocada deve ter mais a ver com o sermos capazes de fazer escolhas sucessivas para que a nossa vida tome determinado rumo. Isso obriga antes de mais à decisão de querer tomar um determinado rumo. Como se toma essa decisão?
Não existem regras universais, nem para nós nem para os outros. Podemos tomar essa decisão na passagem de ano só porque achamos que temos de ter uma vida nova ou então depois de uma enorme desilusão porque concluímos que não queremos repetir a experiência. Podemos decidir mudar de rumo depois de uma enorme reflexão em que achamos que o rumo que estávamos a seguir nos vai dar conduzir a sensações que não queremos viver. Podemos mesmo decidir por medo, por medo de seguir um rumo que temos vindo a seguir, por medo de perder tudo o que já conquistamos, por medo de magoar os outros, por medo não sermos capazes de decidir de outra forma ou por medo que a nossa decisão acabe por nos deixar mais vulneráveis.

E quais os passos que devemos percorrer para tomar a tal decisão ainda é mais complicado de definir. Tantas vezes decidimos no momento sem pensar duas vezes e outras vezes levamos tanto tempo a decidir que quando tomamos a decisão já é tarde demais.
No fundo estamos a falar de um passo único, o de decidir, tudo o resto foi o que nos levou a decidir ou foram várias decisões sucessivas dos momentos anteriores.

E as balanças que usamos são a nossa imaginação e os nossos medos, são aquilo que podemos supor e aquilo com que conseguimos sonhar, são os medos que nos trazem pesadelos e os medos que temos de perder alguma coisa importante.
Às vezes decidimos só com um prato da balança, decidimos por reacção sem sequer pesar os prós e os contras!

A cada momento vamos decidir o rumo e em cada um desses momentos vamos ajustando o nosso rumo, às vezes fazemos mesmo variações bruscas e outras vezes seguramos apenas o leme de forma firme e segura. A nossa vida pode assim levar um rumo certo, pode variar de rumo ao sabor da ondulação, pode ser um eterno vai e vem, podemos andar aos círculos, podemos nem sair do sítio... depende das decisões que vamos tomando.

(autoria desconhecida)